quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

“- Não tem ninguém que seja feliz?
- Muita gente finge que é.
- Por quê, hem?
- Porque sentem vergonha e medo e não têm coragem de confessar.”

-Bukowski
Faróis orgânicos
Pelos ares, vaga-lumes
vagam luzes, a traz de si
-David Henrique

"Sentia-me introspectivo.
Decidi não fazer mais nada nesse dia.
A vida consumia a gente, consumia mesmo.
Amanhã seria um dia melhor."

-Bukowski

'' Escrevo intencionalmente um monte de merda, para me exercitar. Eu diria que 75% do que escrevo é bom, 40%, 45% é excelente, 10% é imortal e 25% é uma merda. A soma deu 100%? ''.
- Charles Bukowski.
"Nunca gostei de jurar lealdade à bandeira. Era aborrecido e idiota demais. Sempre me senti mais confortável jurando lealdade a mim mesmo, mas lá estávamos, e nos levantamos e fizemos a coisa toda."
-Bukowski

"Eu precisava tirar férias. Precisava de cinco mulheres. Precisava tirar a cera dos ouvidos. Precisava trocar o óleo do carro. Tinha esquecido de apresentar a porra da declaração de rendimentos. Um dos meus óculos de leitura estava com o pino quebrado. O apartamento cheio de formiga. Precisava limpar os dentes. Os sapatos estavam gastos no salto. Eu tinha insônia. O seguro do meu carro vencera. Eu me cortava toda vez que me barbeava. Há seis anos não dava uma boa risada."
-Charles Bukowski


terça-feira, 19 de novembro de 2013

consumação do pesar

ainda escuto as montanhas
o modo como elas riem
de cima a baixo por seus perfis azuis
e mergulhando na água
os peixes lamentam
e toda a água
é fruto de suas lágrimas.
escuto as águas...
nas noites de bebedeira
e a tristeza é tanta que posso
ouvi-la em meu relógio
transforma-se nos puxadores da minha cômoda
transforma-se no papel sobre o chão
transforma-se numa calçadeira
no bilhete da lavanderia
transforma-se
na fumaça do cigarro
escalando uma capela de videiras negras...
pouco importa

um pouquinho só de amor não é tão mal assim
ou um pouquinho só de vida

o que realmente importa
é esperar entre paredes
eu nasci para isso

nasci para arrastar rosas pelas avenidas da morte.
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Bukowski